terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Outra "barriga"

A cada década, a imprensa vem se superando em suas "barrigas".



Na década de 90 foi o Caso Escola Base, que teve uma repercussão sem limites. A imprensa brasileira, praticamente julgou e condenou os donos da escola e seus funcionários, ao publicar informações e denúncias sem a devida apuração.

Na década seguinte, não bastando o caso escola base, a imprensa não deu apenas uma "barriga" mas sim duas, uma inclusive que entrará para história, devido a proporção dada a ela. A primeira, foi o caso de um avião da empresa Pantanal que teria caído próximo ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, causando um enorme incêndio com muitas vítimas, caso depois desmentido pela própria empresa proprietária do avião. Por último para completar a galeria de "barrigas" temos o caso da jovem brasileira, Paula Oliveira que teria sofrido uma agressão racista. Na verdade Paula se autoflagelou, causando com isso, quase uma briga diplomática entre duas nações amigas.

Usando como referência, o caso Paula Oliveira, que por sua vez teve uma repercussão ainda maior que o Caso Escola Base, a imprensa mostra a sua total falta de responsabilidade, ao publicar uma denúncia feita por um pai que, com razão, se mostrou desorientado ao ter ciência da situação de sua filha em outro país. A irresponsabiidade foi ter publicado a denúncia sem sequer apurar a veracidade dos fatos, sem ter o trabalho de mandar ao menos um jornalista para averiguar a situação. Outro aspecto que pode ser abordado a partir de tal fato é em relação ao tratamento recebido pelos brasileiros no exterior, que teve um certo destaque diante dos últimos acontecimento.

Assisista a reportagem exibida pelo Jornal Hoje, no dia 12 de fevereiro de 2009
sobre o caso Paula Oliveira


Voltando à responsabilidade da imprensa, nos três casos citados acima, podemos ver a participação da Globo, maior empresa de comunicação do país. O poder da gigante das comunicações no Brasil faz com que as "barrigas" cometidas por ela caiam no esquecimento, mesmo se uma delas for responsável por uma quase briga diplomática, na qual o Brasil ficou com sua imagem de certa forma negativa. A culpa de erros como esse caem sobre quem? Sobre o jornalista que escreveu a matéria? sobre seu chefe? Provavelmente cairá sobre a jovem, que deve ter lá seus problemas, e não tem como brigar contra uma empresa como a responsável pelo erro.
E os futuros jornalistas, que deveriam ter dificuldade de encontrar "barrigas" da imprensa, com o passar dos anos podem escolher o caso mais chocante. O que esses jovens aprenderão na verdade? Como se livrar da "barriga"?

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