segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Quem leva?




A eleição para a prefeitura de Belo Horizonte em 2008 pode ser considerada uma das mais chatas que já se viu na capital mineira. Ações envolvendo a justiça a fim de caçar adversários ou impugnar a presença do governador na campanha de seu candidato, foram as peças de destaque nessa campanha

A variedade de candidatos que concorreram esse ano à prefeitura de Belo Horizonte foi notória. Foi possível escolher entre candidatos com experiência, mas com caráter duvidoso e candidatos de pouca ou quase nenhuma experiência, mas com boa vontade de fazer uma administração séria, ou até mesmo com grande experiência e boa vontade, mas nenhuma força política

As disputas judiciais tomaram lugar das propostas, que para não dizer que não existiram, foram representadas pela “novela” do metrô de Belo Horizonte. Em meio à acirrada disputa, o candidato do governador Aécio Neves e do atual prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel, Márcio Lacerda liderou as pesquisas acreditando na vitória em 1º turno.

Porém como acontece no decorrer da história eleitoral mineira tudo pode mudar, até mesmo na última semana de campanha O candidato Leonardo Quintão, com seu jeito “amigo íntimo” cativou uma fatia dos eleitores e conseguiu emparelhar com o líder nas pesquisas marcando assim a data para o confronto no 2º turno. Da mesma forma que ocorreu no 1º turno, uma reviravolta pode anteceder o final de semana de votação deixando uma incógnita: o nome do sucessor de Fernando Pimentel à prefeitura da capital.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Tempo X Distância

Moradores de outros municípios da região metropolitana de Belo Horizonte enfrentam uma verdadeira maratona para cumprir suas atividades
O estudante de jornalismo Geraldo Silva, 25 anos, mora na cidade de Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte, trabalha na prefeitura da cidade onde reside desde 2005, porém estuda na capital. A rotina de Geraldo começa de manhã no trabalho que se estende até a parte da tarde. Do trabalho, o estudante vai de carona com um amigo até Venda Nova, de onde ele parte de metrô até a estação próxima de onde ele estuda, bastando apenas uma breve caminhada para chegar à faculdade. A volta para casa é outra viagem, Geraldo vai até a rodoviária de BH e embarca em um ônibus até Pedro Leopoldo.

O tempo em média gasto por dia por Geraldo para se deslocar de casa até a faculdade é em torno de duas horas por percurso, quando não está chovendo ou não há nenhuma obra no itinerário. Além de ser um “escravo” do relógio e ter o tempo quase contado devido à distância e a qualidade do sistema de transporte público, o estudante encontra dificuldade no aspecto financeiro, pois a despesa com condução mesmo sendo fixa, torna-se alta às vezes. Outra dificuldade é a de conciliar todas as atividades, com a distância e os afazeres extras, impostos pela faculdade. Como o estudante conta sempre com quatro horas por dia gastas com transporte, ele aproveita pra ler os textos pedidos pelos professores. “É realmente muito difícil conciliar o trabalho com os estudos e a dsitância, mas eu me ajeito”, completou Geraldo.


Sábado é o dia em que Geraldo pode descansar, mas o descanso é sempre interrompido por tarefas a favor da família e domingo é reservado para passar com o pai que mora em Belo Horizonte, obrigando assim o aluno a enfrentar novamente a “luta” com o transporte coletivo. Mesmo com uma rotina agitada, Geraldo ainda pratica o jiu-jtsu no horário de seu almoço duas vezes por semana em Pedro Leopoldo, afinal seria impossível enfrentar mais uma viagem para praticar o esporte que dá a ele resistência, para cumprir suas tarefas, dependendo do transporte coletivo para percorrer por dia em média 70 km. “Quando a gente faz as coisas que a gente gosta, elas se tornam prazerosas e essa é uma verdade que te digo por experiência própria”.

No vídeo abaixo assista a uma viagem em um onibus lotado




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